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Efolios

E-fólio A: máximo 2 valores



A realização do e-fólio A consta de 2 partes:

A) Realizar um resumo do capítulo 2.1. do Manual de Psicologia do Desenvolvimento (página 34-42).
B) Desenvolver as actividades que são apresentadas nas pág. 41-42 do referido Manual.


Deverá apresentar o seu e-folio da seguinte forma:
Num documento formato doc onde conste o seu nome, nº de estudante e turma a submeter no local do E-folio A;
Colocando as respostas A e B no seu Blogue pessoal que criou para esta u.c..
O efólio deve ser realizado em Arial 12 (ou equivalente), com espaçamento 1.5 e ter, no máximo 3 páginas.


Nos efólio, são avaliadas as seguintes competências:
a) síntese das ideias;
b)correcção científica das ideias expressas;
c) clareza das respostas e correcção linguística.

Chama-se a atenção para o facto de o e-folio ser individual. Será atribuída a nota zero a textos copiados, realizados em grupo e submetidos em turmas diferentes, ou outro tipo de plágio e fraudes.

Disponível de: Terça, 16 Março 2010, 10:55
Data de entrega: Sexta, 26 Março 2010, 10:55

Maria Margarida Morais Vaz (Aluna nº 901359)
Psicologia do Desenvolvimento (Turma 4) – Efolio A
Resumo: o desenvolvimento humano é o objecto de estudo de diversas áreas da psicologia, concretamente na Psicologia do Desenvolvimento estuda-se a totalidade das etapas do ciclo de vida do ser humano, o seu desenvolvimento psicológico e biológico e os processos interactivos entre o sujeito e o meio. Na determinação dos factores primordiais que influenciam o desenvolvimento humano surgiram várias teorias, umas defendem que os factores determinantes são os hereditários outras defendem a importância dos factores do meio, actualmente, em oposição as teorias anteriores, o desenvolvimento humano é perspectivado num sistema onde interagem factores de ordem biológicos, psicológicos, sociais, históricos e sociais, isto é numa perspectiva inter accionista e construtivista. Surgiram ao longo do tempo várias teorias explicativas do desenvolvimento humano: Psicanalítica que interpreta o desenvolvimento humano a partir de impulsos e motivações; Behaviorismo que tem como objecto de estudo o comportamento observável do homem; Cognitivismo que procura compreender a estrutura e evolução do conhecimento, como é exemplo o estudo de Piaget e mais recentemente o de Vigotsky com a teoria do desenvolvimento cognitivo que salienta a importância do papel da sociedade na construção de funções intelectuais como fundamental para o funcionamento cognitivo. Em meados do século XX surge a teoria humanista que promove uma visão holística e filosófica da existência do ser humano.

1- O que explica os diferentes ritmos de desenvolvimento é o processo do desenvolvimento humano. Diferenciado e singular, é também um processo que obedece a fases de desenvolvimento. A noção de desenvolvimento está ligada a uma contínua evolução em que o ser humano caminha ao longo de todo o seu ciclo vital. Essa evolução, nem sempre linear, é o resultado da interacção de múltiplos factores de ordem psicológica, biológica, social e cultural. Ao longo da sua vida o ser humano sofre mudanças de forma progressiva, contínua, cumulativa e organizada. Como cita Tavares e Alarcão (2005: 25), “o desenvolvimento humano pressupõe uma estrutura humana, que se desenvolve no tempo, de um modo progressivo, diferencial e globalizante, através de diferentes estádios de diferenciação”. Tavares refere que no contexto de desenvolvimento é fundamental a noção de fase ou estádio, pois “ é através de estádios de desenvolvimento que é conceptualizada a evolução humana”. Ou seja, cada estádio de desenvolvimento é uma estrutura com características próprias, para que uma adaptação cada vez melhor do sujeito ao meio, de forma ordena e padronizada e segundo uma evolução integrativa, já que as estruturas adquiridas num estádio dependem da forma como o estádio é vivenciado, sendo integradas no seguinte.

2 – Uma questão abundantemente discutida no estudo do desenvolvimento humano relaciona-se com os factores determinantes no processo de desenvolvimento, hereditariedade e meio ambiente. Várias concepções surgiram das diferentes teorias. Uma primeira abordagem designada por maturacionista considera que as características do ser humano apenas dependem do código genético recebido, de forma que a hereditariedade é determinante no desenvolvimento humano e o meio ambiente desempenham um papel irrelevante. Os estudos de Goddard tentaram provar essa teoria maturacionista que coloca a hereditariedade na posição de único factor essencial do desenvolvimento do ser humano.

3 – A afirmação de Watson relaciona-se com a questão dos factores determinantes no desenvolvimento humano perspectivando porém uma abordagem oposta à de Goddard, ou seja Watson adoptando a abordagem behaviorista considera determinante no desenvolvimento humano apenas factores de ordem do meio envolvente e aprendizagem. Estes factores são considerados como primordiais e determinantes no desenvolvimento do ser humano subvalorizando toda a influência genética e factores hereditários.

4 – Relativamente aos progressos do menino selvagem os defensores da hereditariedade como factor determinante no desenvolvimento humano argumentariam que geneticamente estaria pré disposto a ter dificuldades na aprendizagem, ou seja que devido ao código genético herdado pela criança, independentemente do ambiente em que cresceu, iria sempre apresentar “atrasos” no seu desenvolvimento relativamente ao desenvolvimento apresentado por outras crianças da mesma faixa etária. Segundo a perspectiva behaviorista a fase de desenvolvimento apresentada pelo menino selvagem foi resultado do processo de aprendizagem no meio onde cresceu, ou seja, a experiencia adquirida pela interacção com o meio determinou o estádio de desenvolvimento do menino selvagem.

5 – Após as leituras recomendadas a minha opinião é que ambos factores hereditários e meio ambiente têm determinante influência no processo de aprendizagem. Cada ser humano tem características próprias, características que os tornam únicos. No entanto, para conseguirmos explicar este facto, temos que ter em conta dois aspectos essenciais: o meio e a hereditariedade. Assim, o meio é constituído por elementos que intervêm no comportamento de cada indivíduo. A genética também tem grande influência nas características de um indivíduo. Referimos sempre a influência nas características físicas (a cor da pele, dos olhos, do cabelo, etc.), porém, a influência genética actua também sobre as estruturas orgânicas – sistema nervoso e endócrino. Há quem defenda que o nosso desenvolvimento é influenciado sobretudo pelo meio, ou principalmente pela hereditariedade. Porém, a hereditariedade não pode exprimir-se sem um meio apropriado, assim como o meio não tem qualquer efeito sem o potencial genético. Por isto, afirma-se que a hereditariedade e o meio interagem, determinando o desenvolvimento orgânico, psicomotor, a aprendizagem, a linguagem, a inteligência, a afectividade, entre outros. Como cita Tavares, “ a maioria das aquisições desenvolvi mentais não deve ser categorizada como biológica ou ambiental, pois na sua formação estão presentes factores inatos e adquiridos, sendo que estes interagem entre si, isto é, numa perspectiva inter accionista e construtivista”, (in Psicologia do Desenvolvimento, 2007:35).

6- 1- Discordo
6- 2- Concordo muito
6- 3- Discordo
6- 4- Discordo muito
6- 5- Discordo muito
6- 6- Concordo
As minhas respostas fundamentam-se na argumentação que no desenvolvimento humano são determinantes os papéis desempenhados por factores hereditários e provenientes do meio envolvente.

Bibliografia:
Valadares, J. et al. (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem. Porto: Porto Editora
Textos Disponibilizados Online



E-fólio B: máximo 3 valores



Agora que estudou o capítulo do Manual dedicado à Infância e Adolescência e realizou as Actividades Formativas que o prepararam para a realização deste E-folio B, irá trabalhar com um artigo científico onde são apresentados vários estudos importantes. Para a realização do E-Folio deverá ter em conta o seguinte:

I. Imagine que é um dos elementos constituintes da Equipa de Consultores Especialistas da Redacção da Revista Psicologia Hoje. A sua área de especialidade é a infância e adolescência na actualidade. A revista tem várias colunas da especialidade. A directora da revista pede-lhe que efectue uma ficha de leitura de um dos artigos que se seguem. Essa ficha de leitura integrará o próximo n.º da revista e só poderá ter 3 páginas.
Pede-lhe a directora que se dirija aos sites a seguir indicados e descarregue os artigos. Deverá ler com atenção os artigos e, depois, seleccionar apenas um deles para efectuar a referida ficha de leitura.
Artigo 1: Factores de Risco e factores de Protecção ao Desenvolvimento infantil. A descarregar no site: http://www.sbponline.org.br/revista2/vol13n2/v13n2a03t.htm
Artigo 2: A Saúde do Adolescente: O que se sabe e quais são os novos desafios. A descarregar no site: http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v26n2/v26n2a07.pdf
Efectue uma Ficha de Leitura do referido artigo. NOTA: caso desconheça o que é uma FICHA DE LEITURA coloque a questão no fórum.
II.Irá agora construir um Avatar que represente a sua imagem (ou uma aproximação) enquanto Especialista Consultor da Revista Psicologia Hoje. Este avatar irá elaborar uma mensagem-sintese do artigo que será colocado no site da Revista Psicologia Hoje. Siga os seguintes passos:
1) Dirija-se ao site http://www.voki.com/ e registe-se com o seu email. Escolha uma palavra-passe pessoal (não se esqueça dela, para poder entrar e sair quando entender).
2) Escolha, depois, uma das imagens que a/o represente (adopte vestuário, componha a sua imagem, etc).
3) Elabore uma mensagem-síntese do artigo que trabalhou anteriormente num documento word.
4) Junto do seu avatar existe um local para colocar o texto a ser reproduzido em voz. Coloque a sua mensagem-síntese nesse texto e grave.
III. Deverá colocar a Ficha de Leitura realizada no local do E-Folio bem como o endereço do Avatar. Após a data de realização ter expirado, deverá colocar no seu Blogue o trabalho produzido.
Disponível de: Segunda, 19 Abril 2010, 10:00
Data de entrega: Quinta, 29 Abril 2010, 23:55

E folio B Psicologia do Desenvolvimento


Artigo 2: A Saúde do Adolescente: O que se sabe e quais são os novos desafios

Geralmente a adolescência é confundida com a puberdade. Na verdade a puberdade é a fase inicial da adolescência e é caracterizada pelas transformações físicas e biológicas que acontecem no corpo dos rapazes e das raparigas. É durante a puberdade (entre 10 e 13 anos nas meninas e 12 e 14 nos meninos) que os órgãos sexuais se desenvolvem. Eles ficam preparados para reproduzir. A adolescência é período no qual uma criança se transforma em adulto. Não se trata apenas de uma mudança na altura e no peso, nas capacidades mentais e na força física, mas, também, de uma grande mudança na forma de ser, de uma evolução da personalidade. Steinberg propõe uma divisão em três fases: (1) Adolescência inicial, dos 11 aos 14 anos; (2) adolescência média, dos 15 aos 17 anos e (3) adolescência final, dos 18 aos 21. Essa última fase sobrepõe-se à "juventude" em sentido estrito, que marca o início da idade adulta, definida por Oerter e Montada como a fase entre os 18 e os 29 anos de idade. Como sabemos, a adolescência, ou seja, a etapa do ciclo vital que, genericamente, se inicia, nas raparigas, entre os dez e os onze anos e, nos rapazes, entre os onze e os doze anos, terminando, aproximadamente, aos dezanove anos, constitui uma fase de grandes transformações físicas, psicológicas, emocionais e sociais que requerem múltiplas e muito rápidas adaptações. Tais desequilíbrios provocam no adolescente um conjunto de necessidades ou problemas que exigem uma atenção e uma ajuda permanentes, não apenas por parte da família, mas também da escola, dos amigos. E não se julgue que os problemas dos adolescentes se confinam à esfera da sexualidade, embora constitua um aspecto de elevada importância. Outros, porém, são igualmente relevantes, sendo necessário preveni-los, preferencialmente, identificá-los e resolvê-los. Alguns dos problemas de saúde na adolescência, quer na primeira fase (10-14 anos) quer na segunda (15-19 anos), apresentam-se de modo mais prevalente em contextos sociais menos favorecidos, de menor desenvolvimento social, cultural e económico. Por se tratar de uma fase difícil para os adolescentes, é importante que haja compreensão por parte de pais, professores e outros adultos. O acompanhamento e o diálogo neste período são fundamentais. Em casos de mudanças severas (comportamentais ou biológicas) é importante o acompanhamento de um médico ou psicólogo. Uma marca comum da maioria dos adolescentes é a necessidade de fazer parte de um grupo. As amizades são importantes e dão aos adolescentes a sensação de fazer parte de um grupo de interesses comum: estilos de roupa, ocupações e actividades de lazer, música. Todos estes elementos jogam na composição da identidade e formação do adolescente. Na adolescência ocorre o desenvolvimento intelectual, a puberdade, um certo crescimento físico e pressões culturais que levem o adolescente à efectiva formação da sua identidade. Para além das mudanças físicas já referidas acima, o adolescente adquire também a capacidade de operações formais e raciocínio abstracto. O pensamento formal constitui a capacidade de reflectir acerca do seu próprio pensamento e do pensamento dos outros. O raciocínio abstracto permite colocar hipóteses, conceber teorias e opera com proposições. É fundamental que ocorra o chamado período de moratória, em que o jovem tem possibilidades de explorar hipóteses e escolher caminhos. De facto é nesta altura que vários agentes de socialização exercem pressão para o assumir responsabilidades e para a tomada de decisões, principalmente do foro escolar e profissional. Erikson considera que a moratória institucionalizada – rituais sociais para a entrada na idade adulta, como a escola da área profissional no ensino escolar – facilitam a preparação para a aquisição de papéis na sociedade. Por noutro lado, um contexto social não estruturado pode levar a uma crise de identidade. Os outros têm um importante papel na definição da identidade: o jovem vê reflectido no seu grupo de amigos parte da sua identidade e preocupa-se muito com a opinião dos mesmos. Por vezes, procura amigos com "maneiras de estar" divergentes daquela em que cresceu, de forma a poder pôr em causa os valores dos pais, testando possibilidades para construir a sua própria "maneira". O grupo permite um jogo de identificações e a partilha de segredos e experiências essenciais para o desenvolvimento da personalidade. Segundo Erikson, o adolescente que adquire a sua identidade é aquele que se torna fiel a uma coerente interacção com a sociedade, a uma ideologia ou profissão, que é também uma tarefa deste estádio. Embora fisicamente independente o adolescente é ainda extremamente dependente da afeição e confiança dos pais para garantir o seu equilíbrio emocional, pode porem substituir o modelo dos pais temporariamente como que uma busca individual do eu, adoptando modelos dos pares. A ampliação do universo social pela inserção em novos grupos é uma característica da adolescência, propiciando a experimentação de novas alternativas sócio-afetivas, e o desenvolvimento global do adolescente.



Bibliografia:

Artigos disponibilizados online

Morgado, L. & Costa, A. (2009).Textos de Suporte ao Tema 2

Tavares et al. (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem



O MEU AVATAR:




Maria Margarida Morais Vaz Aluno nº 901359 Turma: 4

Efolio C Psicologia do Desenvolvimento
Em Vila Franca de Xira, o Projecto F@I aposta na formação e no acompanhamento da reinserção socioprofissional.

Projecto Form@ para a Inserção Profissional

Publico Alvo: Jovens Adultos à procura de 1º emprego, Jovens Adultos Desempregados.

A área de intervenção

Como parte integrante do Projecto F@I iniciou-se um plano de formação na região de Vila Franca de Xira intitulado "Form@ para a Inserção". Grande parte da população vive nesta zona problemas graves de desemprego e pobreza, essencialmente nas freguesias de Alhandra, Vialonga e Alverca. Na verdade, muitas das grandes indústrias da zona recorreram a despedimentos colectivos ou cortes parciais nos recursos humanos para fazer frente a crise que o país atravessa. Estas pessoas encontram-se muitas vezes em situações de carência, pobreza e de incapacidade para encontrarem uma nova actividade económica. Inclui-se no elevado número de desempregados da região o grupo de pessoas que trabalhava fora do concelho de Vila Franca de Xira. Neste cenário destaca-se um número grande de jovens que após terminar os seus estudos procura o 1º emprego e ainda os jovens que tendo integrado o mundo do trabalho num 1º emprego o terão perdido devido a grave crise económica que se vive actualmente. Preocupante também neste cenário torna-se a situação económica e social de famílias emigrantes estabelecidas em elevado número neste concelho. É da constatação destes problemas que este projecto surge como forma de dar resposta especificamente ao elevado número de jovens desempregados que existe no concelho e da falta de soluções encontradas. Esta formação procurará ultrapassar estes obstáculos, ou seja, a ideia é dar aos desempregados, instrumentos que lhes permitam de novo competir com armas capazes com os demais no mercado de trabalho.

O projecto

O Projecto F@I – Form@ para a Inserção, consiste numa acção de formação para 6 grupos de 15 desempregado cada, com a duração de 6 meses. A formação, passará, numa primeira fase, por permitir salientar todas as qualidades inerentes a estes desempregados, fazendo-os adquirir de novo confiança nas suas capacidades, saber procurar e responder a anúncios de trabalho e entrevistas e criar de novo hábitos de trabalho. A formação complementar que se encontra prevista visará a aquisição de conhecimentos básicos de várias disciplinas consideradas indispensáveis tanto para uma plena integração profissional (inglês, informática, educação ambiental, português para estrangeiros) como para a valorização através da abordagem destas matérias do ponto de vista dos próprios formandos. Numa segunda fase, os formandos efectuarão estágios em empresas, aspecto essencial para uma reinserção plena. No final da formação, espera-se assim, que os formandos adquiram alguns dos instrumentos essenciais para melhor poderem responder às exigências do mercado de trabalho. Ao longo da formação desenvolver-se-á o módulo "Contar a minha vida" que para além da função integradora pretende ilustrar o desenvolvimento pessoal e social que estes formandos tiveram ao longo da formação. Durante a formação será colocado à disposição dos formandos, um centro de atendimento onde estes poderão deslocar-se no sentido de promoverem uma busca activa de emprego, ou seja, também os formandos terão a seu cargo procurarem as saídas profissionais.

Objectivos: Oferecer a esta camada específica da população oportunidade de desenvolver capacidades emocionais e sociais para fazer frente a uma etapa da sua vida crucial, ou seja, na entrada da idade adulta. Numa época de profunda crise no mundo do trabalho estes jovens adultos encontram adversidades enormes devido à crise que juntamente com as dificuldades próprias da sua etapa de vida poderão ter efeitos profundos na população que forma a camada activa da nossa sociedade. Como afirma o autor José Tavares, et all, “ a ocupação profissional assume uma considerável parte do ciclo de vida do jovem adulto, influenciando praticamente todas as áreas da sua vida, personalidade, vida conjugal, vida familiar e relações sociais. O inicio da idade adulta é geralmente marcado pela entrada no mundo do trabalho e consequente inicio da construção do percurso profissional, (in Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem, pag. 86). Pretende-se então oferecer ao jovem adulto uma oportunidade de desenvolver capacidades de procura e de definição o que poderá vir a ser o seu inicio do percurso da vida profissional, ao mesmo tempo, que encontra apoio para melhor continuar a organizar o seu auto conceito, dominar as suas emoções e definir o seu significado de vida.

Bibliografia: Marchand, H. (2001) A Sabedoria

Tavares et al. (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem

Power Point no Slideshare

http://www.slideshare.net/secret/1ULxj327425tvA


MOLELO ECOLÓGICO DE DESENVOLVIMENTO

MAPA CONCEPTUAL



Conceitos básicos


Sujeito É encarado não como uma tábua

Rasa, moldada por acção do

Meio, mas como um sujeito

Dinâmico que interage com o

Ambiente.

Interacção Caracterizada pela

Reciprocidade, interacção mútua.

Ambiente Não se limita ao contexto

Imediato, mas engloba inter-relações entre vários contextos.


O desenvolvimento humano é o processo através do qual a pessoa em crescimento adquire uma concepção mais expandida, mais diferenciada e mais válida do ambiente ecológico, tornando-se assim motivada e capaz para se envolver em actividades que revelam as propriedades, sustentam ou reestruturam esse ambiente a níveis de cada vez maior complexidade em termos de forma e conteúdo; O processo de desenvolvimento pode ser inferido através da análise de das actividades, papéis e relações em que o sujeito participa

Uma Transição Ecológica ocorre sempre que a posição de uma pessoa no ambiente ecológico se altera como resultado de uma mudança de papel, setting ou de ambos; Ocorrem ao longo de todo o espaço de vida; P. ex. de criança em casa o aluno na escola, de estudante a trabalhador, de mulher a mãe.


O Modelo Ecológico do Desenvolvimento segundo a perspectiva de Bronfenbrenner, define o desenvolvimento humano como um processo que decorre na esfera de sistemas de influência que vão desde as mais próximas às mais distantes do indivíduo. Segundo Bronfenbrenner existem quatro tipos de sistemas que têm uma relação inclusiva entre si: o macrossistema, o mexossistema, o mesossisterma e o microssistema.



Os micros sistema é definido como sistema que inclui o ambiente onde a pessoa em desenvolvimento focalizada estabelece relações face a face estáveis e significativas, ambiente familiar. Neste sistema, é fundamental que as relações estabelecidas tenham como características: reciprocidade (o que um indivíduo faz dentro do contexto de relação influencia o outro, e vice-versa), equilíbrio de poder (onde quem tem o domínio da relação passa gradualmente este poder para a pessoa em desenvolvimento, dentro de suas capacidades e necessidades) e afecto (que pontua o estabelecimento e perpetuação de sentimentos - de preferência positivos - no decorrer do processo]. Factores Risco: Falta de Referencias e Má Crenças sobre o método de educar, falta de confiança leva muitos pais a sentimentos de incompetência e frustração, originam questões problemáticas e até violentas no seio familiar. Factores Protecção: Elemento importante de afecto que une membros da família através de vínculos/ laços mútuos. Destaca-se aqui a importância da família no equilibrado desenvolvimento da criança e adolescente na fase crítica designada por ruptura geracional que se caracteriza por uma enorme conflitualidade com pais e adultos em geral. Nesta fase a família desempenha o papel de protecção de extrema importância para o adolescente.




A participação da criança em mais de um ambiente com as características descritas acima introduz-la a um mesossistema, que é definido como um conjunto de microssistemas. A transição da criança de um para vários microssistemas abrange o conhecimento e participação em diversos ambientes (a família - nuclear e extensa -, a escola, a vizinhança, etc), consolidando diferentes relações e exercitando papéis específicos dentro de cada contexto. Num sentido geral, este processo de socialização promove seu desenvolvimento. No caso de uma criança podem ser as relações entre a casa, a escola e o grupo de amigos da vizinhança; para um adulto, as relações entre a família, o trabalho, a vida social. Factores de Risco: falta de ligação/ comunicação/ co-responsabilização entre os microssistemas nos quais a criança participa, em particular os que mais o seu meio, família e escola. Desta desconexão desenvolvem-se preconceitos, hostilidades prejudiciais para a criança.


Factores de Protecção: Têm surgido nos últimos anos serviços de apoio e aconselhamento as famílias que estabelecem conexões com serviços de saúde, comunitários. Estas redes de apoio quando bem organizadas conseguem provocar um impacto positivo nas famílias que recorrem a estes apoios.



Ao considerar o Mexossistema, Bronfenbrenner refere os ambientes onde a pessoa em desenvolvimento não se encontra presente, mas cujas relações que neles existem afectam o seu desenvolvimento. As decisões tomadas pela direcção da escola, os programas propostos pelas associações de bairro, as relações de seus pais no ambiente de trabalho são exemplos do funcionamento deste amplo sistema. O trabalho do pai ou da mãe da criança, o círculo de amigos dos pais, o Conselho Directivo da Escola, o sistema de transportes, etc... Factores de risco: mesmos factores que afectam o ambiente macrosistema exactamente nos contextos frequentados pelos pais, os filhos não estão presentes neste ambiente mas são afectados através do ambiente familiar. Factores de Protecção: Surge uma rede informal de apoio a família constituída pela família extensa, vizinhos e amigos. Apoio crucial aos pais durante as horas de trabalho e fases difíceis por exemplo adolescência e dificuldades no casal. Resulta num circulo de apoio recíproco para pais, avos, amigos, vizinhos e demais familiares, crianças e adolescentes oferece resultados positivos pelo papel que desempenham, por exemplo os avós combatem desta forma sentimentos de inutilidade e solidão.




O Macrossistema é descrito como abrangendo os sistemas de valores e crenças que permeiam a existência das diversas culturas, e que são vivenciados e assimilados no decorrer do processo de desenvolvimento. Tem a ver com o sistema de valores, crenças, maneiras de ser ou de fazer, estilos de vida, etc. Factores de risco: televisão como transmissor de violência e intruso da vida familiar; fenómeno do final da infância que é repleto de tensão, violência e falta de protecção; tensões sociais e económicas relacionadas com a pobreza e desemprego; falta de apoio comunitário, social cultural, lúdico. Factores de Protecção: Valorização positiva do papel da família e da vida familiar no desenvolvimento do indivíduo. A estabilidade da família é crucial e salienta-se que o numero de divórcios é ainda reduzido embora que ainda mais comum. A ruptura familiar ou seja, divorcio, deve ser melhor encarada pela sociedade, são necessárias atitudes solidárias pois quando a estabilidade no seio familiar desaparece e surge um ambiente hostil é por vezes mais positivo a opção de separação.